OUÇA: Adolescente sai da escola para trabalhar, aponta IBGE

Campo Grande (MS)- Dados do IBGE mostram que a taxa de escolarização dos adolescentes de 15 a 17 anos caiu de 92,2% em 2022 para 91,9% em 2023. Embora pequeno, esse foi o primeiro recuo da série histórica, iniciada em 2016. Entre esses jovens, quase 20% não estavam ocupados nem estudando. Para a maioria dos homens, o principal motivo para deixar a escola foi a necessidade de trabalhar, seguido pela falta de interesse. Já para as mulheres, o principal motivo também foi a necessidade de trabalhar, mas seguido pela gravidez.Foi o que aconteceu com Camila Martins Ossuna, de 23 anos. Moradora do distrito de Anhanduí, ela parou de estudar aos 17 anos quando engravidou da primeira filha, hoje com 5 anos. Além da menina, ela tem um bebê de 4 meses. Camila começou a trabalhar na época e parou de estudar, mas retomou os estudos com o apoio da família. 

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Já a quantidade de pessoas de 25 anos ou mais que concluíram, pelo menos, o ensino médio continuou subindo, alcançando 54,5% em 2023. Mas a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy explica que esse indicador é marcado por diferenças regionais.

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Camila Ossuna está no segundo ano do ensino médio e pensa em avançar nos estudos. 

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A rede pública de ensino atendeu a maior parte dos estudantes desde a creche até o ensino médio, sendo, em 2023, responsável por 77,5% dos alunos na creche e pré-escola; pouco mais de 82% dos estudantes do ensino fundamental e de 87% do ensino médio regular. Por outro lado, a maior parte dos alunos do ensino superior e da pós-graduação estavam na rede privada.