OUÇA: Médicos estão concentrados em grandes centros e governo ainda precisa fixar profissionais no interior

Campo Grande (MS)– Apesar do crescimento do número de médicos nos últimos anos, o Brasil ainda convive com áreas de “desertos médicos”, principalmente no Norte e Nordeste do país. A maior parte desses profissionais está concentrada no Sul, Sudeste e no Distrito Federal, localidades com maior concentração de renda.

Conforme pesquisa do Conselho Federal de Medicina, o CFM, o número de médicos proporcionais em Brasília é 4,5 vezes maior que no Pará, estado com menor número por habitantes. Para o Conselheiro do CFM, o médico Donizetti Dimer, é necessária uma política para fixação dos médicos no interior do país.

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 A disparidade é ainda maior entre as capitais e o interior dos estados. Quase 60% dos médicos estão em municípios com mais de 500 mil habitantes. Em cidades com até cinco mil habitantes, o número proporcional de médicos é de quase “meio” profissional para cada mil pessoas.

Mato Grosso do Sul tem 8.494 médicos registrados, sendo 3,02 profissionais para cada mil habitantes. Pode parecer pouco, mas é o triplo do ideal, já que o preconizado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é que cada localidade tenha pelo menos 1 médico para cada mil pessoas.

O diretor de apoio a gestão da atenção primária do Ministério da Saúde, Wellington Carvalho, afirma que o governo federal vem enfrentando essa situação com ampliação do programa Mais Médicos.

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Outro dado interessante é que a cada três profissionais médicos que ingressam na profissão, dois são mulheres. As médicas hoje são quase metade de toda classe.

O número de médicos no Brasil se aproxima ao de países como Estados Unidos e Canadá, mas está abaixo dos europeus e de alguns latino-americanos, como, por exemplo, a Argentina e o Chile. Com informações da Rádio Agência Nacional.