Campo Grande(MS) – Pessoas sexualmente ativas devem fazer o teste, ao menos uma vez por ano, é o que recomenda o Ministério da Saúde. As hepatites virais dos tipos B e C podem passar anos – até décadas – sem manifestar sintomas. Mas quando aparecem, podem indicar problemas graves de saúde, causando cirrose e até câncer.
Com a Faustina Amorin, de 83 anos, a descoberta da hepatite C veio depois de um exame pré-operatório. A professora aposentada conviveu por 40 anos com a doença que adquiriu na década de 60, durante transfusão de sangue. Quando descobriu a hepatite, já estava no estágio 2, de pré-cirrose. Segundo Faustina, o tratamento foi fundamental para a cura.
Hoje, o tratamento é mais curto no caso do tipo C: dura de quatro a doze semanas, tem 95% de chances de cura e quase sem efeitos colaterais. A detecção dos dois tipos de hepatites virais é feito por um teste rápido nas Unidades Básicas e centros de saúde do SUS. O resultado sai poucos minutos e o tratamento começa imediatamente. Já a hepatite B pode ser evitada com vacina, mas para os infectados, também há tratamento.
Detectar as hepatites e tratar da forma correta é o primeiro passo para evitar agravos.A principal causa de transplantes de fígado é a complicação por hepatites virais, como explica Artur Kalichman, coordenador-geral de Vigilância do HIV/AIDS e das Hepatites Virais no Ministério da Saúde.
Uma das políticas públicas mais recentes é o programa Brasil Saudável, que além da eliminação das hepatites, também tem por meta eliminar outras doenças e infecções socialmente determinadas. O Ministério da Saúde coordena outros 13 ministérios, que atuam em várias frentes como saneamento básico, enfrentamento da pobreza e orientação da população mais vulnerabilizada.
Para mais informações sobre hepatites virais e sobre o Programa Brasil Saudável, acesse: www.gov.br/saude.
Da redação
